segunda-feira, 21 de agosto de 2017

O Kula

O Kula é uma extensa forma de comercio de caráter intertribal praticada por comunidades localizadas em um largo anel de ilhas, formando um circuito fechado. No mapa abaixo, esse circuito está representando pelas linhas que unem as diversas ilhas ao norte e a leste do extremo oriental da Nova Guiné. Ao longo dessa rota, duas espécies de artigos - e apenas essas - viajam constantemente em direções opostas. 



Uma delas - os longos colares de conchas vermelhas denominados soulava - segue no sentido dos ponteiros do relógio.


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 A outra - os braceletes de conchas brancas denominados mwali - segue no sentido oposto.









 Todos os movimentos dos artigos do Kula, todos os detalhes de cada transação são fixados e regulamentados por um conjunto de regras e convenções tradicionais, sendo que alguns atos são acompanhados de elaborados rituais e cerimônias públicas.





     Malinowski foi um dos primeiros antropólogos a propor uma interpretação teórica seguida ao trabalho de campo. Para essse autor acima do valor estético e advindo do trabalho empregado na confecção dos objetos dessa troca ritual está a oportunidade, que esta proporciona, de se estabelecer relações sociais e ganhar prestígio social. Os costumes e tradições que acompanham esta troca de presentes é cuidadosamente pré-escrito no sistema cultural das pessoas nele envolvidas, especialmente no que diz respeito as relações doador–receptor/receptor-doador. A aliança de doações implica relações de correspondência, hospitalidade, proteção e assistência mútua. Os líderes mais importantes do Kula podem ter centenas de parceiros em troca, enquanto os homens com menor status na sociedade têm geralmente uma dúzia deles, dependendo do tamanho de suas redes sociais.

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Pioneiro do método de observação-participante e do paradigma funcionalista, Bronislaw Malinowski consolidou a antropologia como uma disciplina acadêmica com objeto, método, teoria e instituições próprios. Foi mentor da primeira geração “científica” de antropólogos britânicos, influenciando também seus colegas norte-americanos e franceses.


links para videos sobre o Kula:



REFERÊNCIA

 MALINOWSKI, Bronislaw. Argonautas do pacífico ocidental: um relato do empreendimento e da aventura dos nativos nos arquipélagos de Nova Guiné Melanésia. São Paulo: Abril Cultural, 1976. 436 p. (Pensadores(os); v43)

James Frazer



James Frazer 


Frazer estudou na Universidade de Glasgow e no Trinity College, da Universidade de Cambridge. Foi nesta última instituição que ele escreveu sua obra mais importante, The Golden Bough; a Study in Magic and Religion ("O ramo de ouro", 1890).


Livro: O Ramo de Ouro

"O ramo de ouro" é uma obra alentada (12 volumes na edição final, concluída em 1915), onde o autor faz um estudo comparativo dos mitos e do folclore de várias sociedades, e levanta a tese de que o pensamento humano evoluiu de um estágio mágico para outro religioso, e daí para um nível científico. Esta tese foi logo refutada por outros antropólogos, mas a distinção feita por Frazer entre magia e religião, ainda é aceita: na magia, o utilizador tenta controlar através de "técnicas" o mundo e os acontecimentos, enquanto que na religião, ele requisita o auxílio a espíritos e divindades.

Estudo sobre:

Magia



Religião 





Ciência 






folclore 



O bode expiatório



Frazer era fascinado pela mitologia Grega 


Nunca fez pesquisa de campo. Recebia relatórios de missionários e administradores do império sobre costumes, hábitos e crenças dos habitantes locais.


Referências 

SOARES, Juan.  “O Ramo de Ouro- James Frazer”. Disponível em: http://antropologiaculturaesociedade.blogspot.com.br/2016/05/blog-post.html. Data de acesso: 04/09/2017

PONZONI, Silvia et al. O conflito criacionista e evolucionista no Brasil. Disponível em: http://www.bulevoador.com.br/2012/11/o-conflito-criacionista-e-evolucionista-no-brasil/. Data de acesso: 04/09/2017

Wikipédia. James Frazer. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/James_Frazer. Data de acesso: 04/09/2017


quarta-feira, 2 de agosto de 2017

A Ciência da Cultura- Edward Tylor



A Ciência da Cultura é uma obra que integra o livro “ Cultura Primitiva”, que foi escrito por Edward Tylor, Doutor emérito da Universidade de Oxford. Ele é o principal responsável pela criação da disciplina acadêmica da Antropologia moderna e também é um dos criadores da teoria do evolucionismo cultural.

Segundo Tylor "A cultura seria "o complexo que inclui conhecimento, crenças, arte, morais, leis, costumes e outras aptidões e hábitos adquiridos pelo homem como membro da sociedade".



A respeito do estudo de uma civilização, Tylor afirma que: “Um primeiro passo no estudo da civilização é dissecá-la em detalhes e, em seguida, classificá-los em seus grupos apropriados (p. 36) ”.


                                                      Antropólogo de gabinete.


 Para Tylor um etnógrafo deveria saber como validar seus relatos.  


 Tylor entendia que toda a humanidade passava por três processos de evolução



Selvageria:
 Economia de coleta, nomadismo, organização clânica ou tribal, desconhecimento dos metais.



Barbárie 
Produção de alimentos (agricultura e pastoreio), sedentarização total ou parcial, crescimento demográfico, uso dos metais.







civilização 
Vida urbana, Estado estruturado, religião institucionalizada, sociedade complexa, utilização da escrita.






Referências 

MENDES,Luisa. O alfabeto Inglês. Disponível em: http://go.sevenidiomas.com.br/blog/o-alfabeto-ingles/. Data de acesso: 04/09/2017
DUFAUR,Luis. A vida urbana e a origem da burguesia medieval. Disponível em: https://cidademedieval.blogspot.com.br/2014/01/a-vida-urbana-e-origem-da-burguesia.html. Data de acesso: 04/09/2017
GOULART, Michel. 7 fatos ligados à Crise do Feudalismo. Disponível em: http://www.historiadigital.org/curiosidades/7-fatos-ligados-crise-do-feudalismo/. Data de acesso: 04/09/2017

Evolucionismo clássico

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                        Lewis Henry Morgan


Reconhecido como um dos fundadores da moderna antropologia científica, Lewis Henry Morgan foi o primeiro a estudar os sistemas de parentesco e elaborou uma ambiciosa teoria sobre a evolução cultural do homem. Lewis Henry Morgan nasceu perto de Aurora, Nova York, Estados Unidos, em 21 de novembro de 1818. Aos 26 anos passou a exercer a advocacia na cidade de Rochester. Começou ali seu trabalho em defesa dos direitos dos índios, ao mesmo tempo em que se dedicava a estudar a cultura desses povos. Suas pesquisas sobre o povo iroquês tomaram forma em The League of the Ho-dé-no-saunee, or Iorquois (1851; A liga dos ho-dé-no-saunee, ou iroqueses). Nos anos seguintes, as pesquisas de campo que realizou entre numerosas tribos americanas, complementadas pelo material que recolheu sobre outras regiões do mundo, levaram Morgan a elaborar em Systems of Consanguinity and Affinity of the Human Family (1871; Sistemas de consangüinidade e afinidade da família humana) uma classificação universal dos sistemas de parentesco.


SOCIEDADE ANTIGA


“Como pode haver uma grande diversidade cultural entre os povos se há uma origem comum?”

A solução a esta questão é a existência de uma evolução, isto é, haveria um caminho a ser trilhado por todas as sociedades, numa trajetória vista como obrigatória, unilinear e ascendente, partindo do estágio “selvagem”, passando pela barbárie até chegar à civilização.

selvageria




Infância  da raça humana


Barbárie 

Uso de arco e flecha 


Fabricação de cerâmica



Civilização 

Artefatos em metal produzidos na Antigüidade.
                                                                                                                              Esse último período da Pré-Historia demarca o conjunto de transformações que dão início ao aparecimento das primeiras civilizações da Antiguidade.                              

                           surgimento da escrita


        Origem do homem segundo Morgan.


                                                       REFERÊNCIAS 

WIKIPÉDIA. Lewis Henry Morgan. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Lewis_Henry_Morgan/2017. Data de acesso: 02/08/2017